Elogios de Dante Milano - III


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Elogios de Dante Milano - III
Éloge de Dante Milano - III


Pó de estrelas

  Noite disforme.
  Se olhares o céu, o que não vale a pena,
  Verás que o brilho das estrelas é uma coisa inútil
  E sentirás o frio da vida.
   O centro da noite, Dante Milano.
 
Nas noites mais escuras
resplandece de luz o firmamento.
E apreciamos vê-las,
as milhares de estrelas,
anônimas nas galáxias,
ou de nomes cintilantes:
Sirius, Canopus,
Betelgeuse, Aldebaran,
Achemar, Bellatrix.
Delas o que vejo é somente o brilho
que me enviaram há dez mil anos.
Eu que nasci faz pouco,
pó de estrelas olhando o infinito.

Poussière d'étoile

  Nuit difforme.
  Si tu regardes le ciel, ce qui n'en vaut pas la peine,
  Tu verras que l'éclat des étoiles est une chose inutile.
  Et de la vie tu sentiras le froid.

   O centro da noite, Dante Milano.

Dans les nuits les plus sombres
resplendit de lumières le firmament.
Et nous aimons les regarder,
ces milliards d'étoiles,
anonymes dans la galaxie
ou possédant des noms scintillants :
Sirius, Canopus,
Bételgeuse, Aldébaran,
Achernar1, Bellatrix2.
Ce que je vois d'elles, n'est que la lueur
qu'elles m'ont envoyée il y a dix mille ans.
Moi qui suis né depuis peu de temps,
poussière d'étoile regardant l'infini.

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Joan Miró
Passage de l'oiseau divin (Constellations) (1941)
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