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Canção
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Chanson
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Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
J'ai posé mon rêve dans un bateau
et le bateau dessus la mer;
– puis, j'ai ouvert avec mes mains la mer
pour mon rêve naufragé.
Mes mains sont encore mouillées
du bleu des ondes entrouvertes,
et la couleur qui coule de mes doigts
colorie les sables désertés.
Le vent est venu de loin,
la nuit se courbe de froid ;
sous les eaux s'en va mourir
mon rêve, dans un bateau...
Je pleurerai autant qu'il le faut,
afin que la mer puisse grandir,
que mon bateau atteigne le fond
pour que mon rêve disparaisse.
Alors tout sera parfait :
plage lisse, vagues ordonnées,
mes yeux secs comme des pierres
et mes deux mains brisées.
et le bateau dessus la mer;
– puis, j'ai ouvert avec mes mains la mer
pour mon rêve naufragé.
Mes mains sont encore mouillées
du bleu des ondes entrouvertes,
et la couleur qui coule de mes doigts
colorie les sables désertés.
Le vent est venu de loin,
la nuit se courbe de froid ;
sous les eaux s'en va mourir
mon rêve, dans un bateau...
Je pleurerai autant qu'il le faut,
afin que la mer puisse grandir,
que mon bateau atteigne le fond
pour que mon rêve disparaisse.
Alors tout sera parfait :
plage lisse, vagues ordonnées,
mes yeux secs comme des pierres
et mes deux mains brisées.
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Corrado Bonomi Vaisseau fantôme (1992) |
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