De Bernarda a Fernanda de Utrera


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De Bernarda a Fernanda de Utrera
De Bernarda à Fernanda de Utrera


A Jatyr de Almeida Rodrigues

Bernarda de Utrera arranca-se o cante
quando a brasa chama a si as chamas;
quando ainda brasa, no entanto quando,
chamado a si o excesso, se desinflama.
Ela usa a brasa íntima no quando breve
em que, brasa apenas e em brasa viva,
arde numa dosagem exata de si mesma:
brasa estritamente brasa, inexcessiva.

*
Fernanda de Utrera arranca-se o cante
quando a brasa extenuada já definha;
quando a brasa resfriada já se recobre
com o cobertor ou as plumas da cinza.
Ela usa a brasa íntima no quando longo
em que rola calor abaixo até a pedra;
no da brasa em pedra, no da brasa do frio:
para daí reacendê-la, e contra a queda.
à Jatyr de Almeida Rodrigues

Bernarda de Utrera extirpe le chant hors d'elle,
lorsque de ses flammes la braise s'enflamme ;
cependant, lorsque braise encore, en elle
s'enflamme l'excès, elle se désenflamme.
Elle use d'une braise intime dans le bref
instant où, braise à peine et braise vive,
elle se brûle elle-même en un dosage précis :
braise strictement braise, in-excessive.

*
Fernanda de Utrera extirpe le chant hors d'elle
lorsque la braise exténuée s'évanouit déjà ;
lorsque la braise déjà refroidie se recouvre
d'une laine ou des plumes d'un cuivre cendré.
Elle use d'une braise intime un long moment
jusqu'à ce que la chaleur roule en bas des pierres ;
braise devenant pierre, braise devenue froid :
pour la ré-incendier alors, luttant contre la chute.
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