Mulheres


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Mulheres
Femmes


Como as mulheres são lindas!

Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos eu vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca
sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!

O meu amor porém não tem bondade alguma,
É fraco! fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

És linda como uma história da carochinha...
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam
no morro atrás de casa e tinham cara de pau).

Que les femmes sont belles !

Il est faux de croire qu’il s’agit des vêtements…
Et puis, il n’y a pas que les belles :
Il y a aussi les aimables
Et les laides, certes laides aux yeux de qui les voient ainsi :
Une petite fille meurtrie et battue qui jamais ne sort de
sa cuisine.

Que ce doit être agréable d’aimer une laide !

Mon amour cependant n’a aucune bonté,
Il est fragile ! Fragile !
Car mon Dieu, j’aime comme les petits enfants…

C’est beau comme une histoire de Carabosses…
Et j’ai besoin de toi comme j’avais besoin de papa et maman
(Jadis quand je pensais que les voleurs vivaient derrière chez
moi sur la colline et qu’ils avaient tous des têtes en bois).

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Emiliano Di Cavalcanti
Sérénade (1925)
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