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Saudade
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Saudade
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Hoje que a mágoa me apunhala o seio,
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.
À noite quando em funda soledade
Minh'alma se recolhe tristemente,
Pra iluminar-me a alma descontente,
Se acende o círio triste da Saudade.
E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,
Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida.
E o coração me rasga atroz, imensa,
Eu a bendigo da descrença em meio,
Porque eu hoje só vivo da descrença.
À noite quando em funda soledade
Minh'alma se recolhe tristemente,
Pra iluminar-me a alma descontente,
Se acende o círio triste da Saudade.
E assim afeito às mágoas e ao tormento,
E à dor e ao sofrimento eterno afeito,
Para dar vida à dor e ao sofrimento,
Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida.
Alors que la peine a percé ma poitrine,
Lacéré mon cœur, immense, atrocement,
Je la bénis, à demi incrédule, car
Aujourd'hui je ne vis que d'incrédulité.
Et la nuit lorsque mon âme se recueille
tristement dans sa profonde solitude
Afin d'éclairer mon âme mécontente
S'enflamme la triste bougie des Regrets.
Ainsi affligé de peines et de tourments,
Par la douleur et la souffrance affligé,
Pour donner vie à douleur et à souffrance,
Près du tombeau noirci, je garde souvenir
De la saudade qui saigne ma poitrine,
Et qui est cependant l'aliment de ma vie.
Lacéré mon cœur, immense, atrocement,
Je la bénis, à demi incrédule, car
Aujourd'hui je ne vis que d'incrédulité.
Et la nuit lorsque mon âme se recueille
tristement dans sa profonde solitude
Afin d'éclairer mon âme mécontente
S'enflamme la triste bougie des Regrets.
Ainsi affligé de peines et de tourments,
Par la douleur et la souffrance affligé,
Pour donner vie à douleur et à souffrance,
Près du tombeau noirci, je garde souvenir
De la saudade qui saigne ma poitrine,
Et qui est cependant l'aliment de ma vie.
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Bertha Worms Saudades de Naples (1895) |
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