É tudo tão pequeno esta manhã...


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É tudo tão pequeno esta manhã...
Tout est si petit ce matin...


É tudo tão pequeno esta manhã.

As aves acordaram surpreendidas,
a voarem nos meus olhos
curvas fatigadas
de Primavera morta…

As mãos caem-me secas
ao longo do corpo
em folhas recortadas
de árvore de solidão…

As raízes sugam-me nas veias
o sangue da terra
das manhãs de sussurro…

Sim. Hoje só eu existo…

Eu com este remorso de gota de água
que se recusa a cair no mar
─  para se sentir maior
longe da cólera comum da Tempestade.
Tout est si petit ce matin.

Les oiseaux se sont réveillés surpris
de voler encore dans mes yeux
courbes fatiguées
d'un Printemps mort.

Mes mains tombent desséchées
le long de mon corps
comme les feuilles déchiquetées
D'un arbre de solitude...

Dans mes veines les racines sucent
Le sang de la terre
Des matins qui murmurent...

Oui. Aujourd'hui, seul j'existe...

Moi avec ce remords de la goutte d'eau
Qui se refuse à tomber dans la mer
─ pour se sentir mieux
Loin de la colère commune des Tempêtes.
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Giorgio de Chirico
Chant d'amour (1914)
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