Hangar


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Narlan Matos »»
 
No acampamento das sombras (2001) »»
 
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Hangar
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Raia o dia e nos invade e nos ordena que levantemos
 as mãos
Enquanto a vida saqueia ilusões e sequestra esperanças
A guerra está em toda parte, em toda parte apenas de mim
De onde saem esses disparos que nunca acertam meu
 peito?
De onde saem esses gritos se não há ninguém ferido?
A batalha dá-se a céu aberto - por um pedaço de mundo
Por um pedaço de vida, por um pedaço de pão

Essa é a vida... a que nos faz predadores e presas
Depende apenas de quem esteja ao redor
É dela que quero fugir desesperadamente feito um louco
Escapar dessa morte que morro todos os dias pelas ruas
Sem ao menos saber mesmo quem é meu inimigo
Il fusille le jour et il nous envahit et nous ordonne de
  lever les mains
Alors que la vie saccage nos illusions, séquestre l'espérance
Partout est la guerre, partout excepté en moi
D'où viennent ces coups de feu qui n'atteignent jamais
  ma poitrine ?
D'où viennent ces cris si personne n'est blessé ?
La bataille se déroule à ciel ouvert – pour un bout de monde
Pour un bout de vie, pour un bout de pain

C'est la vie... ce qui fait de nous des prédateurs ou des proies
Dépend seulement de ceux qui sont autour
Et cette vie-là je veux désespérément la fuir comme un fou
Échapper à cette mort qui me tue tous les jours en chaque rue.
Sans savoir même qui est mon ennemi.
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Wolf Vostell
Bombardier de rouges à lèvres (1968)
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