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De novo, o Verão...
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De nouveau, l’Été...
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De novo, o Verão se lançou ao assalto de Agosto,
Trouxe as suas árvores, aves, horas,
Trouxe o seu rito, o seu ritmo
Indolente, a cidade quase não tem pulso,
Quase não tem tensão arterial –
Sossego de não haver vento,
Mas apenas o ar em bloco,
Bloco abafante, enraizado.
É Verão, quase todos deixaram
As suas mãos operárias na cidade
E lançaram-se na conquista
Das coisas conhecidas, mas já esquecidas,
O que é bastante mais difícil
Do que tactear um espaço envolto em desconhecido
São quase todos argonautas do verde e do mar.
Querem purificar-se no longe,
Despir por um momento a pele
Que recebe fumo, suor, pó, cansaço,
Deixar para trás a insolubilidade das contas,
Que são, afinal, a própria vida.
É Verão e, por ora, a cidade foi domada.
Trouxe as suas árvores, aves, horas,
Trouxe o seu rito, o seu ritmo
Indolente, a cidade quase não tem pulso,
Quase não tem tensão arterial –
Sossego de não haver vento,
Mas apenas o ar em bloco,
Bloco abafante, enraizado.
É Verão, quase todos deixaram
As suas mãos operárias na cidade
E lançaram-se na conquista
Das coisas conhecidas, mas já esquecidas,
O que é bastante mais difícil
Do que tactear um espaço envolto em desconhecido
São quase todos argonautas do verde e do mar.
Querem purificar-se no longe,
Despir por um momento a pele
Que recebe fumo, suor, pó, cansaço,
Deixar para trás a insolubilidade das contas,
Que são, afinal, a própria vida.
É Verão e, por ora, a cidade foi domada.
De nouveau, l'Été s'est lancé à l'assaut du mois d'août,
Apportant ses arbres, ses oiseaux, ses heures,
Apportant son rite, son rythme
Indolent, la ville n'a presque plus de pouls,
Presque plus de tension artérielle -
Absence paisible de vent,
Rien que l'air en bloc,
Bloc étouffé, enraciné.
C'est l'Été, presque tous ont laissé
Leurs mains ouvrières dans la ville
Et se sont lancés à la conquête
De choses connues mais déjà oubliées,
Ce qui est beaucoup plus difficile
Que de sentir un espace enveloppé d'inconnu
Presque tous sont des argonautes du vert et de la mer.
Voulant se purifier au loin,
Qui ôte pour un instant leur peau
Recevant sueur, fumée, poussière, fatigue,
Laissant derrière eux l'insolubilité des comptes,
Qui sont, après tout, la vie même.
C'est l'Été et, pour l'instant, la ville est domptée.
Apportant ses arbres, ses oiseaux, ses heures,
Apportant son rite, son rythme
Indolent, la ville n'a presque plus de pouls,
Presque plus de tension artérielle -
Absence paisible de vent,
Rien que l'air en bloc,
Bloc étouffé, enraciné.
C'est l'Été, presque tous ont laissé
Leurs mains ouvrières dans la ville
Et se sont lancés à la conquête
De choses connues mais déjà oubliées,
Ce qui est beaucoup plus difficile
Que de sentir un espace enveloppé d'inconnu
Presque tous sont des argonautes du vert et de la mer.
Voulant se purifier au loin,
Qui ôte pour un instant leur peau
Recevant sueur, fumée, poussière, fatigue,
Laissant derrière eux l'insolubilité des comptes,
Qui sont, après tout, la vie même.
C'est l'Été et, pour l'instant, la ville est domptée.
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Giulio Turcato Paysage urbain (1952) |
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