Se temos que morrer...


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Se temos que morrer...
Si nous devons mourir...


 Relembrando o Harlem Renaissance,
 em particular Claude McKay

Se temos que morrer, que nunca seja ocultos,
Vendo a sombra da morte na sombra dos vultos,
Jazendo entre as paredes doentias do medo,
De nós, escorraçados por nós mesmos,
Vencidos, conformados – jogados, perdidos –
Humilhados no orgulho de quem nos humilha.
Se temos de morrer, vençamos a matilha:
Se temos de morrer, seja escolhida
A morte que mais honre a nossa vida.
Desta tenhamos feito a nobre luta
De ser, não menos curta, mas mais justa.
Se temos de morrer, assim morramos:
Sem suspirar sequer, como alguém que não pede.
 En souvenir de l’Harlem Renaissance,
 en particulier Claude McKay

Si nous devons mourir, que cela ne soit jamais caché,
Voyant l'ombre de la mort dans l'ombre des personnes,
Gisant entre les parois malades de la peur,
De nous, renvoyés par nous-mêmes,
Vaincus, conformés – éjectés, perdus –
Humiliés par l'orgueil de ceux qui nous humilient.
Si nous devons mourir, triomphons de la meute :
Si nous devons mourir, choisissons
La mort qui fasse le plus honneur à notre vie.
Cette fois, nous avons fait le noble combat
Pour être, non moins court, mais plus juste.
Si nous devons mourir, mourons :
Sans même soupirer, comme celui qui ne prie pas.
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Aaron Douglas
Le jour du Jugement dernier (1939)
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